Somos amantes da teledramaturgia. Respeitamos a arte e a criação acima de tudo. Nosso profundo respeito a todos os profissionais que criam e fazem da televisão essa ferramenta grandiosa, poderosa, que desperta os mais variados sentimentos. Nossa crítica é nossa colaboração, nossa arma, nosso grito de liberdade.



ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

Free DHTML scripts provided by Dynamic Drive

sexta-feira, 25 de março de 2011










Uns mordem, outros assopram
por Fernando Russowsky


A abertura de
Morde e Assopra está dando o que falar. Uma rápida passada por fóruns basta para se notar que teve gente que amou e gente que odiou. Difícil é achar pessoas indiferentes. Eu gostei.

Não é um trabalho que se possa chamar de original, já que a ideia de uma animação bem-humorada com personagens antropomorfizadas foi utilizada, há alguns anos, em Pé na Jaca (2006). Acredito que, como ocorreu com os bichos da fazenda na vinheta da novela de Carlos Lombardi, as crianças, especialmente as menores, vão grudar os olhos na telinha sempre que entrarem no ar as peripécias da robô e do dinossauro, que traduzem, de forma clara e divertida, a expressão “morder e assoprar”, bem como o confronto entre o velho e o novo proposto na obra.

Tenho notado que o que mais chocou os postantes de fóruns e grupos de discussão foi a ênfase dada aos sons incidentais. Há quem compare com a iniciativa mais radical neste sentido, Sinal de Alerta (1978), cuja abertura contava apenas com ruídos, sem música. Percebo maior semelhança com o caso de A Indomada (1997): havia um tema, mas este estava ali apenas para fazer fundo aos barulhos e às imagens. Confesso que a mim causou estranheza na primeira vez que assisti, mas fui me acostumando e pouco depois já estava achando genial. Contra a novela de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, a Globo cometeu uma crueldade: já nos primeiros dias de exibição, alterou o trecho e aumentou o volume da música. Na reprise, chegou ao cúmulo de substituí-la. Espero que na obra de Walcyr Carrasco a emissora tenha peito para resistir e manter a proposta até o final.

Para mim, a abertura de Morde e Assopra é uma demonstração de que a reciclagem de ideias, quando feita com criatividade, pode surpreender e repercutir. Há tempos, creio que desde A Favorita (2008), uma abertura não é tão comentada quanto a própria novela.
.

5 comentários:

Telinha VIP disse...

Acho que a escolha da música foi proposital para se ouvir mais os ruídos do robô e do dinossauro. Se tivessem colocado uma música cantada, nao chamaria tanto a atenção para os efeitos sonoros. Bela abertura.

Walter de Azevedo disse...

A única coisa que vi da novela foi a abertura e achei ótima. Divertida, pra cima, bem feita. A música e os ruídos não me incomodaram nem um pouco.

Fábio Leonardo disse...

A primeira impressão que tive da abertura de "Morde & Assopra" foi a estranheza com relação ao seu tema instrumental. Com o tempo, o dino e a robozinha me conquistaram de um jeito que eu já acho que ali tudo orna. Adoro aquele dinossauro com cara de bobalhão!

Anônimo disse...

É, eu também gostei muito da abertura. Já a novela, ainda não me empolgou completamente.

edu disse...

eu me acostumei e só de não ter aquelas faixas, tá valendo, mas a música é bem ruinzinha!!! vou ouvir de novo e perceber os barulhinhos...também lembrei de Sinal de Alerta, uma abertura maravilhosa! muito bom o blog