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quarta-feira, 23 de novembro de 2011



Jogando com a vida
Grandes revelações dão fôlego e mudam trajetória de novela da Record

por Duh Secco


Quem assiste Vidas em Jogo, já percebeu que as tais vidas do título estão literalmente em xeque na novela da Record. Não falo sobre a existência dos ganhadores do Bolão de Amizade, sujeitos ao ataque dos vilões da trama. As vidas em jogo, no atual momento da narrativa, são aquelas cuja trajetória fora marcada por revelações drásticas, que alteraram o rumo dos personagens e garantiram bons momentos nestas últimas semanas.


É o caso de Augusta (Denise Del Vecchio), cuja transexualidade fora descoberta pelo filho, Raimundo (Rômulo Arantes Neto). Em cena que causou burburinho durante toda a semana (e chegou a liderar a audiência), Augusta acaba sendo desmascarada pela vilã Regina (Beth Goulart), diante do filho, que passa a tratá-la como aberração. O que se vê agora é uma virada importante na vida de Augusta, que já mostrou um lado agressivo, até então oculto, ao tentar conter a ameaça da Regina esganando-a. Fica a dúvida sobre como a personagem irá lidar com sua condição. Raimundo se rebelou contra a mãe (ou pai) e já planeja interditá-la. É uma nova fase também para este personagem, que começou interesseiro, se redimiu ao longo da trama, e agora planeja atacar Augusta sem a menor piedade. O desenvolvimento de Raimundo está amparado no bom trabalho de Rômulo Arantes Neto, que surpreendeu o público com uma atuação comovente, na cena em que descobre a transexualidade da mãe.


Quem passou por uma reviravolta, no capítulo de ontem (22/11), foi a vilã Regina. Até então acostumada a intervir no destino dos demais personagens, em prol de seus interesses escusos, Regina tomou uma rasteira da vida ao descobrir ser portadora do vírus HIV. Em entrevista de Beth ao portal UOL, a atriz declarou: “Ela vai ficar pior do que já era porque agora, para ela, a morte deixou de ser um peso, virou uma certeza, e ela vai perder o referencial de limite”. De fato, Regina agora promete se tornar pior do que já era. E ainda pode romper sua ligação com Cléber, seu cúmplice e amante, responsável pela sua infecção, o que colocaria os dois vilões da trama em lados opostos, trazendo novas possibilidades à novela.


Outra que passou por uma virada em decorrência da descoberta do vírus HIV, foi a personagem de Simone Spoladore. Diferente de Regina, a taxista Andréa aceitou a sua condição e decidiu se submeter ao tratamento. Assim como em Chamas da Vida, outro trabalho da autora Cristianne Fridman, onde Guilherme (Roger Gobeth), portador de HIV, passava a repelir a namorada Michele (Luiza Curvo), Andréa também tem se afastado de Lucas (Marcos Pitombo), seu marido, com medo de infectá-lo, e passou a colaborar para que ele se envolva com outra mulher, Juliana (Letícia Colin). Mudanças afetaram também a vida de Patrícia (Thaís Fersoza), que de cúmplice da mãe, Regina, passou a sua inimiga, entregando as armações da mesma, após descobrir que esperava um filho portador de Síndrome de Down; de Divina (Vanessa Gerbelli), que após a revelação de sua infidelidade, se tornou uma pessoa melhor, decidida a manter o bom relacionamento com os filhos e o ex-marido; e Fátima (Luciana Braga), que de arrivista passou a trabalhadora, justamente em função pela qual sempre recriminou o pai, Belmiro (Ricardo Petraglia): a de presidente do time de futebol Cariocas.


Por estas situações, podemos concluir que Vidas em Jogo vai além da fórmula de novelas que tem norteado a teledramaturgia da Record. Se a princípio a trama parecia se ater à cenas de violência e ação, hoje o que vemos na  tela é um interessante perfil psicológico de cada personagem, bem delineado pela autora, condizente com a trajetória dos mesmos, e certamente responsável pela guinada em audiência da novela.




8 comentários:

Rodrigo disse...

Uma sugestão ao blog: vocês poderiam fazer a eleição dos melhores do ano na TV. Algo do tipo "Eles escolheram", com as votações dos integrantes do blog. É só uma sugestão.

O CABIDE disse...

A novela é boa, vejo sempre. Muito bem delineada no texto, parabéns Duh!
O que é complicado e irrita são os intervalos comerciais, longos e em excesso!

Fábio
www.ocabidefala.com

Fernando Oliveira disse...

Duh, parabéns pelo ótimo texto, acima disso, pela ótima análise dessa fase de Vidas em Jogo. A novela é boa, o perfil de cada personagem demosntra que a novela está no rumo certo. Dinâmica e flexível, essa é Vidas em Jogo.

edu vieira disse...

tb acho a novela muito boa, ainda mais nesse lado mais sério da história dessas pessoas que viram suas vidas viradas do avesso por conta do prêmio e tb do pacto.Essa ideia foi muito bem engendrada pela autora que eu gosto muito.Ótimo olhar sobre essa trama, por vezes esquecida pelos fanáticos globais.

Anônimo disse...

Novela segue com a fórmula de tramas bem contadas, por mais que se invistam em temáticas como violência e ação, é o texto que faz diferença.
Lucas - www.cascudeando.zip.net

Juliano G. Bonatto disse...

Peguei a novela já no meio, mas estou gostando muito.
O único problema das novelas da Record é que são longas demais. Normalmente eu desisto no meio.

André San disse...

Vidas em Jogo começou com um fôlego impressionante e, do nada, estacionou. Mas eis que, de repente, surgem essas viradas e a trama está interessantíssima! Parabéns à autora, que tem sabido guiar seus dez protagonistas com uma competência rara.
André San - www.tele-visao.zip.net

Kleiton Alves Hermann disse...

Gosto de algumas coisas na novela, mas acho que a trama central acabou se perdendo em meio a tantas outras temáticas que a novela aborda.