É sempre uma grande satisfação ter a presença do amigo Daniel Freitas aqui no Agora. Seus textos já criaram bastante identidade com o blog. Desta vez, nosso convidado mais frequente rememora os casais marcantes de nossas novelas. Nossos agradecimentos por mais esta colaboração.
Fogo e paixão na telinha

No ano de 1994, um terremoto chamado Raí e Babalu invadiu o horário das 19h, na novela Quatro por Quatro, de Carlos Lombardi. O casal romântico vivido por Marcelo Novaes e Letícia Spiller agradou tanto ao público que passou a dominar quase todo o tempo da trama, com direito a beijos calientes e amassos sem fim. Ela sempre de shortinho apertado e ele sempre sem camisa. O telespectador gostou e os atores também, tanto que selaram a união na vida real logo em seguida.
Impossível falar de casais românticos sem citar Milena e Nando, de Por Amor (Manoel Carlos). Em cenas carregadas de beleza e paixão, como é bem típico do autor, Carolina Ferraz e Eduardo Moscovis encantaram o Brasil e se tornaram a versão contemporânea do par perfeito. A música tema do casal, Palpite, de Vanessa Rangel, se tornou hit nas rádios e alavancou a venda do CD com a trilha sonora da novela.
Os corações apaixonados também suspiraram por Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício) em O Clone, e pelo romance proibido de Marina (Adriana Esteves) e Léo (Maurício Mattar) em Pedra sobre Pedra. Houve ainda casais que fizeram tão bonito no ar que a parceria se repetiu em outras produções. Após viverem os rebeldes Jean Pierre e Aline em Que Rei Sou Eu?, Edson Celulari e Giulia Gam voltaram a se encontrar em Fera Ferida, sob o fogo da paixão entre Flamel e Linda Inês, quando a dupla de atores estava no auge da beleza. Os dois atuaram mais uma vez juntos na minissérie Dona Flor e Seus Dois Maridos, ele como o assanhado Vadinho e ela como a personagem título.
Fábio Assunção e Malu Mader também não ficam atrás quando o assunto é a boa química em cena. O amor vivido pelo casal Inácio e Ester Dellamare em Força de um Desejo segurou o público até o fim da história e a torcida não foi diferente quando ambos interpretaram os jovens André e Paula Lee da minissérie Labirinto. A parceria entre os atores deu tão certo que se estendeu para o cinema, em filmes como Bellini e a Esfinge.
Em Desejos de Mulher, de Euclides Marinho, o romance entre Chico Maia (Eduardo Moscovis) e Júlia Moreno (Glória Pires) também não comoveu ninguém. A mesma Glória Pires passou por problema semelhante em Suave Veneno, quando sua personagem Inês/Lavínia fez par com Waldomiro, interpretado por José Wilker. O casal romântico não pegou e, aliado a diversos outros problemas na condução da trama, transformou a novela de Aguinaldo Silva num grande fracasso. Para salvar a história, surgiu na reta final o personagem Mauro, de Leonardo Vieira, na tentativa de se criar um triângulo amoroso, que obviamente não deu certo.
Engraçado é quando nem o triângulo amoroso ajuda. Foi o que se viu em Vila Madalena, de Walter Negrão, transmitida entre novembro de 1999 e abril de 2000. Ninguém entendia o que se passava entre Solano (Edson Celulari), Eugênia (Maitê Proença) e Pilar (Cristiana Oliveira), tamanha a confusão criada com os sentimentos do trio. Não adiantaram nem as cenas calientes, inclusive de nudez, protagonizadas por Celulari e exibidas em pleno horário das 19h. E nem poderiam ajudar muito. Vila Madalena, definitivamente, foi uma novela que ninguém viu.
O contrário se viu no sólido e bem construído triângulo amoroso da recém acabada novela A Vida da Gente, de Lícia Manzo. A ternura que envolveu os personagens Rodrigo (Rafael Cardoso), Ana (Fernanda Vasconcelos) e Manuela (Marjorie Estiano) não deixou ninguém imune. Era um exemplo de jovens, belos e talentosos atores que relembraram as intensas paixões das histórias de antigamente. Até o final da novela, o público certamente se perguntou: com quem será que o Rodrigo vai ficar?
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4 comentários:
Pois é, tem casais que realmente não dão certo, exemplos recentes, são Maia e Bahuan de Caminho das índias, Helena e Marcos de de viver a vida, e Griselda e Renê de Fina estampa. Acredito que o universo em que o casal esta inserido e as situações nas quais estão envolvidos, é o que faz o publico torcer ou não, muito mais do que química.
http://brincdeescrever.blogspot.com.br/
Só discordo com relação a Marina e Leonardo. Achei bem insosso. Difícil ver alguma química em cena em se tratando de Mauricio Mattar. Achei o misto de amor e ódio de Murilo e Pilar muito mais interessante, e até Úrsula com o retratista teve mais química.
Pô, faltou o casal Miguel Falabella e Marcelo Picchi em "Mico Preto"! hehe
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