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quarta-feira, 13 de julho de 2011



O Astro estreia em ritmo alucinante

por Daniel Pepe


Pontualmente às onze da noite desta terça-feira aconteceu a tão aguardada estreia de O Astro, remake do sucesso de Janete Clair. Como sempre deveria ser, a abertura abriu o capítulo, o que já fez com que a atenção do telespectador não desgrudasse da telinha, atento a cada detalhe, desde as imagens esotéricas esvoaçantes até os créditos que não colaboram com os míopes. Como a original, foi permeada pela onipresença do astro ao som da linda “Bijuterias” de João Bosco. Maior destaque poderia ser dado ao nome de Janete, que, em letras minúsculas, ficou relegado em relação aos demais.


A audiência foi mais do que satisfatória para o horário: média de 28 pontos, com share de 50%. Para que isso acontecesse, foi elaborado todo um marketing especial, desde o lançamento do produto como “novela das onze”, até o ritmo frenético que a direção segura de Mauro Mendonça Filho e equipe imprimiu a este primeiro capítulo, que não apresentou intervalos nos quase 50 minutos de duração. Os personagens foram apresentados em meio a essa rapidez, que culminou em passagens de tempo e vários acontecimentos, deixando, em muitas cenas, um gostinho de “quero mais”, instigações de como e/ou o porquê de alguns fatos terem ocorrido. Como na ótima participação de Francisco Cuoco na pele de Ferragus, o mentor de Herculano (Rodrigo Lombardi) na prisão, que poderia ter sido mais bem explorada. Entretanto, pelo que já se sabe, o personagem ainda reaparecerá.

Algumas boas atuações já eram esperadas, como as de Rodrigo Lombardi – durante toda a trajetória de morador de cidade do interior até virar “O Astro” –, Humberto Martins – como Neco, o amigo traíra que rouba o dinheiro da igreja, deixando recair a culpa sobre Herculano –, Thiago Fragoso – Márcio, o filho rebelde do milionário Salomão Hayalla (Daniel Filho), que não aceita as imposições do pai – e Alinne Moraes – a suburbana que é obrigada a viver na dependência do cunhado Neco, já interligando aí algumas tramas e personagens.

Houve também atuações surpreendentes, como as de Carolina Ferraz – a arquiteta bem sucedida que já se viu encantada por Herculano – e Regina Duarte – a perua esposa de Salomão –, por terem conseguido se despir do estigma a que estavam sujeitas nos últimos papéis. Já Daniel Filho destacou-se mais por estar fazendo uma homenagem ao folhetim original, onde ele foi o diretor, do que propriamente por demonstrar algum destaque na interpretação. Guilhermina Guinle e Marco Ricca fizeram dois tipos bem característicos na recente Ti Ti Ti e já demonstraram ter encarnado bem as respectivas personagens. Outras atuações ainda devem mostrar a que vieram, embora, mesmo com a pouca amostra, já dêem sinal de que será coisa boa, como Fernanda Rodrigues e Rosamaria Murtinho, que estava fazendo falta na televisão.

Como não poderia deixar de ser, um elemento janetiano bem característico fechou o capítulo: o gancho de Márcio ficando nu em frente aos convidados da festa na casa de Salomão.

Espera-se agora a diminuição natural do ritmo e aprofundamento melhor dos detalhes das tramas e perfis dos personagens, que poderão ser bem explorados, já que não existem em excessiva quantidade.

As comparações com a primeira versão serão inevitáveis, desde as diferenças entre as duas tramas e entre as personagens antigas e as atuais. Cabe aos autores a difícil missão de manter a estrutura original bem atualizada e aos telespectadores procurarem entender porque as mudanças foram feitas, sem criticar somente por não ter saído fiel ao original.

8 comentários:

Telinha VIP disse...

Quanto ao ritmo, acho normal. Novelas hj em dia tem um ritmo acelerado no primeiro capítulo. Mas acho que O Astro tem bastante ação no início e após a morte do Salomão. Quero ver segurarem o público nesse horário só com os romances açucarados de Lili e Márcio e Amanda e Herculano.

Amanda Aouad disse...

Gostei do primeiro capítulo também, não estava com muita expectativa em relação a esse remake, mas me conquistou.

Achei uma boa homenagem a Francisco Cuoco também, o Herculano original, ser agora o mestre do personagem. E Carolina Ferraz caiu mesmo como uma luva no personagem que era de Dina Sfat.

bjs

Kleiton Alves Hermann disse...

Gostei do primeiro capítulo, bem ágil, mas tem uma coisa meio Glória Perez nessa novela que não me agrada. Acho que é a Penha...

Juliano G. Bonatto disse...

Gosto do que estou vendo, mas a cena de hoje , do Márcio, nem se compara com a original. O Salomão do Dionísio é muito mais convincente e o Márcio do Tony nem se fala. Os dois discutiram num tom muito abaixo do que deveria ser. Thiago estava péssimo.

Anônimo disse...

Eu acho a novela boa, mas a grade da emissora é a própria inimiga da novela. Enquanto a Globo não planejar uma grade de horário fixa para o novo horário de novelas, acho muito difícil que qualquer coisa emplaque. A começar por tirarem aquela maldita Tela Quente das segundas-feiras.

Rodrigo disse...

Sobre essa cena do Márcio tirando a roupa na nova versão, eu não gostei nem um pouco da interpretação do Daniel Filho.
Pra mim, ele não está convencendo como Salomão Hayalla e só está na novela por uma questão de homenagem afetiva da equipe.

Mauro Barcellos disse...

Comparações são inevitáveis. Claro que quem viu a primeira versão, considera o remake muito aquém do que representou a obra de Janete. O remake é bom. É uma boa opção para o horário, pelo menos até que o telespectador se canse de ficar acordado até mais tarde. E o elenco é ótimo! Eu diria até que é bem melhor do que o da primeira versão.

Rodrigo disse...

Outra coisa que me incomoda desde as primeiras chamadas da novela é o cabelo da Regina Duarte.
Será que o Projac está sem espelhos para a atriz não notar como o penteado de sua Clô está horrível?
Afinal, ela pegou uma personagem que foi feita por uma Tereza Rachel no auge de sua elegância.
A Rosamaria Murtinho, por exemplo, está bem mais elegante do que a Regina.