Somos amantes da teledramaturgia. Respeitamos a arte e a criação acima de tudo. Nosso profundo respeito a todos os profissionais que criam e fazem da televisão essa ferramenta grandiosa, poderosa, que desperta os mais variados sentimentos. Nossa crítica é nossa colaboração, nossa arma, nosso grito de liberdade.



ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

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sábado, 6 de agosto de 2011




GUILHERME STAUSH

e n t r e v i s t a


BETH GOULART



“A novela é um retrato do cotidiano brasileiro, no que ele tem de bom e de ruim. Somos uma partícula de sonho de cada brasileiro”.



Seja no teatro, no cinema ou na TV, Beth Goulart deixa a marca de seu talento em cada personagem que interpreta. Forte, ousada e profunda em tudo o que faz, a atriz se entrega de corpo e alma a arte de representar, herança de uma família de atores de sucesso.

Ganhadora do prêmio Shell 2009 e do APTR 2010 de melhor atriz pelo espetáculo “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, Beth, no momento, interpreta sua primeira grande vilã em telenovelas, a prepotente e interesseira Regina de “Vidas em Jogo”, da Rede Record.

A atriz concedeu uma entrevista linda ao “Agora”, para ser lida e relida muitas vezes.
Devo dizer que, foi um momento de grande felicidade poder entrevistar uma de minhas atrizes preferidas, e melhor ainda, poder constatar que é uma pessoa extremamente inteligente, atenciosa e generosa com seu público.




Entrevista elaborada por Guilherme Staush.



1- Nada melhor do que citar Clarice Lispector, por razões óbvias, para começar essa entrevista.
'' ... Sou como você me vê ...
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar ...
''

Para aqueles que só te conhecem da televisão, quem é Beth Goulart? Quais são as suas qualidades e os seus defeitos mais evidentes?

Como Clarice Lispector, acredito que somos todos revelação e mistério. Sou uma mulher do meu tempo, apaixonada por minha profissão, dedicada à causa da transformação da humanidade através da arte e da capacidade de sentir, conceber, perceber e termos consciência de que somos instrumentos úteis para a sociedade em que vivemos à medida que despertamos uma reflexão, um olhar crítico, uma opinião. Somos provocadores e por isso mesmo nem sempre somos compreendidos. Somos diferentes, imprevisíveis.
O artista é um ser esponja que absorve as informações ao seu redor, contextualiza e devolve seu olhar com sensibilidade, humor ou violência. Por tudo isso, acho que sou uma operária do Teatro, gosto da dedicação que o palco me exige, gosto do estudo e da concentração que as palavras me pedem. Chego cedo para me preparar melhor, para que meu corpo responda com a precisão que o gesto necessita. Sempre rezo antes de entrar em cena para me conectar com o mais alto e estar atenta ao que está ao meu redor.
Sou generosa em minha doação diária, mas sou também exigente e muito crítica. Tenho a mesma entrega emocional quanto a minha capacidade analítica e racional. Gosto de aprender e ensinar e acho que ensinar é ainda a melhor forma de aprender.
Sou teimosa e às vezes impaciente, mas sou determinada e não desisto de meus sonhos. Sou uma aquariana. Preciso ser livre e odeio receber ordens. Me peça, que faço o que você quiser, mas não me "mande" fazer porque aí vai ficar difícil. Não suporto injustiças e impunidade e minha indignação precisa ter voz. Acredito que podemos melhorar a cada dia e dar nossa contribuição para mudar o mundo.
Como diria o Antonio Abujamra: Eu ainda sou uma romântica !!!!

2-  Desde que comecei a acompanhar sua carreira na TV – e nessa época você marcava sua estreia na Globo, na novela “Marina” (1980) – sempre me chamou a atenção a frequência com que você mudava de visual de um trabalho para o outro: desde os cabelos curtos da Débora de “Baila Comigo” (1981), passando pelo  new-wave “espetadinho” da Marília em “O Outro”(1987),  o corte de época em “O Primo Basílio” (1988), até o branco bem curto em “Perigosas Peruas” (1991). Essas mudanças eram sugeridas pelos diretores ou partiam sempre de você?




Cada trabalho exige uma nova cara e eu gosto de mudar. Os diretores gostam da mudança, mas às vezes são mais tradicionais. Eu gosto de mudanças mais radicais. Cortes ousados, mudança de cor, novos efeitos visuais. Acho que faz parte da construção do personagem o visagismo, então é fundamental que eu esteja participando desta escolha. No caso da Marília, em "O Outro", eu estava fazendo no teatro "Eletra Con Creta" de Gerald Thomas, e estávamos todas nós do elenco com cabelos bem radicais, era uma novidade na época. Meu cabelo estava cor de cenoura. Quando veio a novela, eu consegui que aceitassem o corte de cabelo, mas tive que mudar a cor, afinal, uma executiva não usaria o cabelo cenoura, mas usaria um louro bem claro, quase branco. Foi o que fiz.
Na novela "Baila Comigo”, de Manoel Carlos, usei um cabelo bem diferente que acabou virando moda, mas começou como um erro no corte do meu cabelo. Tenho cabelo muito liso, e se não for bem cortado, fica muito sem graça. Fiz dois cortes diferentes e nada me agradava, até que fui parar nas mãos do Sérgio Style e ele me disse: Está muito curto, posso fazer uma coisa bem radical, diferente?
Eu respondi: Pode criar !!!! Ele arrasou !!! No início diziam coisas horríveis:  “Manga chupada”....”cadê seu cabelo?”  Mas depois foi um sucesso. Todo mundo começou a fazer aquele corte de cabelo. O cabelo é a moldura do rosto, tem que combinar com você.

3- Em 1988, depois de atuar em várias novelas da Globo, você foi para a Manchete, onde fez “Olho por Olho”, encarando um papel bastante polêmico na época: a prostituta Paula. Como foi fazer essa novela na extinta emissora de Adolpho Bloch, que na época começava a dar os primeiros passos rumo a uma teledramaturgia de sucesso?

Eu sempre gostei de desafios e esta novela era um dos grandes. Fazia uma prostituta que era meio líder das prostitutas, e na época fui fazer pesquisa de campo. Fui até a Vila Mimosa ver de perto aquela realidade nua e crua, e conversei muito com a Gabriela Silva Leite, que era uma ex-prostituta que se transformou em socióloga e escreveu o livro "Fala Mulher da Vida". Ela foi a criadora da Daspu, enfim, entrei em contato com uma realidade muito diferente da minha e uma realidade muito cruel e sofrida. Acabei convidando algumas "trabalhadoras da noite" para fazer figuração na novela, já que as noturnas eram na Glória e precisavam de figurantes para as cenas. Elas já estavam prontas e sabiam o que fazer, então.... foi bom para os dois lados. Ficaram minhas amiguinhas.
Trabalhava muito com Claudia Celeste, um travesti que morava comigo na novela e se apaixonava pelo personagem do Mário Gomes, que acabava se apaixonando por mim. Era um triângulo bem diferente. Fui muito à Galeria Alaska ver os Shows de Travestis, e acabei fazendo alguns números na novela. Aprendi um pouco do dialeto da noite e pude sentir um pouco deste universo.
Para mim, foi uma experiência incrível conhecer mais de perto esta realidade. Nos faz repensar valores e aprender com isso.
A Manchete estava quase em seu término e foi uma ousadia fazer uma novela policial do José Louzeiro com temas polêmicos e atuais.
Foi uma pena a Manchete ter terminado como terminou, sem honrar seus compromissos e deixando tanta gente desempregada.

4-  Você já fez personagens de bastante sucesso na TV, e também já experimentou papéis em novelas que, por uma razão ou outra, não emplacaram. Quando você é convidada para fazer uma novela, o que te motiva a aceitar? É possível prever, através da sinopse da personagem, se o trabalho vai ser interessante? Você se lembra de ter se surpreendido com alguma personagem, seja por ela se tornar um grande sucesso ou por não ter rendido tanto quanto previa?

Toda novela é uma obra aberta, ou seja, tudo pode acontecer. Para o bem ou para o mal. Não dá para prever com certeza o que vai acontecer com seu personagem porque depende também, e muito, do que o público vai achar. Ele é imprevisível. Já aconteceu dos autores mudarem o destino dos personagens porque não funcionaram ou o contrário, aquele outro que está fazendo muito sucesso, precisa ser aumentado. Sai do nosso controle. É claro que quando temos um personagem bom nas mãos e sentimos sua capacidade para voar, é só levantar as asas que o vôo acontece. Mas, nem sempre é assim... Já tirei muito leite de pedra, como dizem....

5- Em 2008, você esteve envolvida em polêmicas por conta da peça Quartett, quando você e seu irmão, o ator Paulo Goulart Filho, fizeram personagens que eram amantes, inclusive simulando cenas de sexo. Como foi atuar de forma mais íntima com seu próprio irmão?  Você se assustou um pouco com a polêmica criada em torno disso, na época?

Quartett é um texto polêmico por si só. Fala de dois personagens ícones da dramaturgia universal: a Marquesa de Merteuil e Vaulmont, de Ligações Perigosas. Para quem não se lembra da peça, lembrem do filme "Ligações Perigosas", de Millos Forman, e das magistrais interpretações de Glenn Close e John Malkovitch. O texto de Heiner Müller é uma releitura destes personagens com um olhar para o futuro. Nnossa montagem propunha um casal de hoje vivenciando aquele universo de manipulação, sedução e interesse.
É um duelo verbal de dois personagens que se amam e se odeiam. Na verdade, disputam, preferem o "poder" ao "amor", e por isso se destroem. Este casal de amantes está confinado num mesmo espaço e se utiliza do teatro para se suportarem. Eles representam quase o tempo todo. Neste jogo eram necessários dois bons jogadores, com afinidade, intimidade e jogo de cintura, pois fazíamos personagens masculino e feminino e mudávamos de sexo conforme o personagem. Era o teatro dentro do teatro.
O espetáculo foi criado com Guilherme Leme no papel de Vaulmont na primeira temporada do Rio de Janeiro.
Na ida para São Paulo, Guilherme teve que sair porque tinha que fazer uma novela no Rio. Diante desta situação, eu precisava de um ator que tivesse esta química cênica comigo, a mesma intimidade, o mesmo jogo, a precisão gestual. O espetáculo tinha uma partitura gestual muito intensa. Nosso cenário era praticamente só luz e uma projeção no fundo do palco. Não dava para ser qualquer ator, então a produtora Pierina Morais me disse: “nós já temos este ator”. Eu perguntei: “quem?” Ela disse: “Paulo Goulart Filho”. Eu respondi assustada: “Mas é meu irmão!”  Ela me disse: “Mas como ator ele não faria bem?”  “Claro que sim, faria muito bem!”. Só aí percebi que eu tive um pouco de pudor em pensar em meu irmão como meu amante, mas que o teatro era um jogo, e ele era um excelente jogador.
O resultado foi maravilhoso. Ele fez um trabalho lindo! Adorei trabalhar com ele. Pude acompanhar seu crescimento, e esta experiência fortaleceu nosso relacionamento. O público viu um novo espetáculo e pôde aplaudir a força das palavras de Heiner Müller e a magia do teatro.

6- Em “Paraíso Tropical” (2008), você interpretou a Neli, uma mulher frustrada e ambiciosa, que não hesitava em jogar a filha nos braços de um homem rico, e que ocultava segredos a respeito de sua paternidade.
Como foi dar vida a essa personagem que, na minha opinião, foi a melhor da novela, e uma das mais surpreendentes da sua carreira?

A Neli foi um personagem maravilhoso porque passou por um processo de transformação diante do público. Com isso, pude mostrar suas contradições e dúvidas, seu medos, sua fraqueza, sua ambição e sua frustração também. Personagens assim são mais interessantes do que os certinhos. Te exigem mais para que não caiam no estereótipo, mas te dão mais alegria quando você consegue atingir sua humanidade, quando faz o público entender o que se passa dentro de você, e às vezes, te fazer pensar se você não faria o mesmo no lugar dela. No começo da novela me xingavam muito, mas depois torceram por ela.


7- Atualmente você pode ser vista em “Vidas em Jogo”, na Record, e na reprise de “O Clone”, na Globo, em papéis totalmente diferentes. Coincidentemente, nas duas novelas você é mãe da personagem de Thaís Fersoza. Como está sendo fazer sua primeira novela na Record, encarando o desafio de fazer uma vilã? Você já descobriu quem é a Regina ou ela ainda te surpreende?

Estou gostando muito de ser mãe de novo da Thaís Fersoza. Ela é um talento em ascensão na televisão brasileira. Ela é sensível e se joga em cada papel que faz, além de ser linda e muito competente. É um grande prazer. A novela é muito interessante por debater a força do dinheiro na vida das pessoas, e como elas podem mudar para o bem ou para o mal. Mostra personagens complexos não lineares que passam por dilemas éticos e morais. É um bom começo a novela que é um entretenimento que vai na casa das pessoas levar um questionamento moral, já que convivemos tanto com a impunidade e a violência. A Regina é uma vilã das boas, que apesar das maldades é uma excelente mãe, dedicada, boa profissional, inteligente. Teve uma trajetória de vida difícil, é uma guerreira e vai usar suas armas para atrapalhar bastante a vida dos ganhadores do Bolão da Amizade. Ela quer ficar com o dinheiro do Francisco, salvar sua construtora e ser feliz ao lado do Kleber, mas parece que não vai ser bem assim. Ela deverá pagar com juros altos os sofrimentos que vai causar aos outros. Acho que até o ultimo capítulo serei surpreendida como vocês.
Estou feliz na Record. Me sinto valorizada como atriz e como personalidade, já que fui convidada para ser comentarista de Cultura no Jornal da Record News, com Heródoto Barbeiro. Estou adorando a experiência e aprendendo muito.

8-  Que destino você acha que a teledramaturgia vai tomar? Você acredita que a novela, em seu formato atual, ainda irá reinar soberana por muitos anos, ou acha que se faz necessária uma mudança, como novelas mais curtas ou minisséries, por exemplo, em substituição as atuais? Para o ator, quais são as dores e as delícias de se fazer uma novela?

Concordo com as colocações feitas por Lauro Cezar Muniz aqui no Blog. Penso que sendo mais curtas as novelas podem ser mais sintéticas e objetivas. Terminaria com a famosa "barriga" que inevitavelmente acontece em novelas longas. A história segue com mais fluência e, sendo menos personagens, podem ser melhor desenvolvidos. A velocidade das comunicações pede mais agilidade ao conteúdo, e as novelas seriam mais cinematográficas. Não precisa descrever aquilo que a imagem já está mostrando.
Para o ator é sempre um desafio surpreender, não cair em clichês, se renovar sempre junto com o formato. Mas é um grande prazer fazer parte do inconsciente coletivo que é a novela brasileira, um retrato do cotidiano brasileiro no que ele tem de bom e de ruim.
Já faz parte do dia a dia a hora da novela, e fazemos parte deste hábito. Somos uma partícula de sonho de cada brasileiro.
***


VÍDEO ESPECIAL

Assista a um clip especialmente produzido pelo Agora é Que São Eles com momentos da carreira da atriz.  A música "Vida", de Milton Nascimento e Fernando Brant, é interpretada pela própria Beth.

19 comentários:

Kleiton Alves Hermann disse...

Beth é uma atriz fascinante! Tive o privilégio de ver o monólogo da Clarice Lispector. Impecável!
Um grande presente pros leitores, sem dúvida! Eu agradeço.

RÔ_drigo disse...

Entrevistão com uma Atrizona;]]

Isaac Santos disse...

belíssima entrevista, Guilherme... parabéns, brother!

Telinha VIP disse...

Beth é, sem dúvida, uma das melhores atrizes da TV. A Neli realmente foi uma das melhores personagens de paraíso Tropical. O espetáculo Simplesmente Eu, Clarice Lispector é lindo!
Parabéns pelo blog! Sempre com entrevistas de qualidade e com grandes atrizes!

André San disse...

Beth Goulart é uma atriz excepcional e o principal nome de Vidas em Jogo. Ótima! Parabéns pela entrevista!
André San - www.tele-visao.zip.net

Mauro Barcellos disse...

Beth está ótima de vilã em Vidas em Jogo, como nao poderia deixar de ser. Mostra que é muito inteligente e sensível nessa entrevista. Parabéns!

Thiago Ribeiro disse...

Muito bacana a entrevista, Gosto muito do trabalho da Beth. É uma atriz muito competente. Parabéns galera!

Juliano G. Bonatto disse...

Ótima entrevista com uma atriz excelente! Beth no teatro, assim como na TV,é um assombro (no melhor sentido da palavra). A regina é a melhor personagem de Vidas em Jogo. O vídeo tb é lindo! Parabéns ao blog.

Adriana disse...

Pababéns pela entrevista com Beth, uma das melhores atrizes brasileiras. Vi seu espetaculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector" é excelente, imperdível. Tenho acompanhdo sua vilã em "Vidas em Jogo" esta dando um show de interpretação, na minha opinião ela merecia prêmios por esta interpretação. Parabéns... Abs, Adriana

Anônimo disse...

Beth é só talento e sensibilidade! Que bom vê-la aqui no "Agora"!
Parabéns, meninos-cada-vez-melhores!

Eduardo Vieira - Recife/PE

Guilherme Staush disse...

Mensagem enviada por nossa entrevistada, Beth Goulart

Meus queridos,

Quero agradecer pelo carinho que recebi através das perguntas inteligentes e da análise de meu trabalho em cada comentário recebido.
Adorei o video e senti muitas saudades de meus amigos que estão do lado de lá!
Achei tudo lindo e emocionante!
Um super beijo em todos da equipe do Blog "agora é que são eles "e em você Guilherme em particular.

Beth Goulart

@paulafrancoo disse...

Que entrevista maravilhosa :)
Adoro a Beth, ela transmite luz e bondade através de sua arte !!

Um dia ainda vou ter o prazer de conhece-la pessoalmente!

grande beijoo !

Mauro Barcellos disse...

Gosto bastante do trabalho da Beth. Até "Três Irmãs", uma das piores novelas dos últimos tempos eu assisti. Sinto que faltam bons papeis para as atrizes boas como a Beth na TV ultimamemnte. Ver Débora Duarte quase fazendo figuração na novela das 6, ou NatháliA Timberg fazendo praticamente nada na novela das 9 chega a ser ultrajante.
Parabéns pela excelente entrevista!

Juliano G. Bonatto disse...

Que bom saber que Beth é uma pessoa tão atenciosa além da ótima atriz que é.
Gosto da Regina, com todas as contradições da peronagem, mas a Lidiane é muito chata. Uma personagem cujo objetivo de vida é segurar o homem e "sofrer" por ele ser tão bonito. Acaba ficando uma coisa vazia, pequena pra uma personagem de novela. Gosto das personagens mais fortes da Beth.


Esse blog é tudo de bom! Eles estão de parabéns!

Mauro Barcellos disse...

Mais uma ótima entrevista do blog. Beth mostrou que além de boa atriz é muito generosa em conceder uma entrevista e mostrar disposição e interesse em responder asa perguntas. Coisa rara! Isso é um grande diferencial para uma atriz.

Fernando Oliveira disse...

Beth Goulart é uma atriz que dá gosto ver atuando. A personagem dela em Vidas em Jogo está no tom certo. Mais uma ótima entrevista do Agora!

FABIO DIAS disse...

Que maravilha de entrevista, aliás, como todas feitas por vocês!
Parabéns!

FABIO DIAS disse...

É muito bom ler as entrevistas feitas por aqui. Conseguem sempre boas respostas do entrevistado atingindo o objetivo das perguntas!

Excelente!! rs

Abs

Fábio Dias R.

TH disse...

"Simplesmente eu, Beth Goulart"

Uma inteligentíssima e competente atriz, que quebra fácil o estigma do paternalismo na profissão por nepotismo. Ela conquistou seu espaço à base de muito talento e entrega - essa é a palavra ideal!

Adorei ver, no youtube, videos dela declamando poesias na TV Cultura. E adorei vê-la, em DVD, no papel da sensível Débora de "Baila Comigo". Lamento que não tenha tido tantos personagens marcantes como deveria - seria por não estar nos "padrões" de beleza exigidos? Acho que ela protagonizaria com precisão em inúmeras produções. E eu acho ela muito bonita - sobretudo hoje. O tempo fez muitíssimo bem a ela!

Em tempo: o espetáculo de Clarice Lispector é dessas obras que eternizam e nos deixam pensativos por uma vida inteira. Nos trejeitos e na força, Beth fez um trabalho inesquecivel!

Mais uma excelente entrevista do "Agora", senão a melhor! Parabéns, Gui!