Somos amantes da teledramaturgia. Respeitamos a arte e a criação acima de tudo. Nosso profundo respeito a todos os profissionais que criam e fazem da televisão essa ferramenta grandiosa, poderosa, que desperta os mais variados sentimentos. Nossa crítica é nossa colaboração, nossa arma, nosso grito de liberdade.



ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012


Retrospectiva 2011
por Duh Secco

Parte III





TV In


Aquele Beijo: a novela de Miguel Falabella trouxe alegria ao horário das 19h. A trama traz tipos curiosos e não se prende aos sofríveis encontros e desencontros do casal protagonista. Destaque para Cláudia Jimenez (Mãe Iara), Bruno Garcia (Joselito), Maria Zilda (Olga) e Thelma Reston (Dona Violante).

Tapas & Beijos: a série estrelada por Fernanda Torres e Andréa Beltrão começou sob acusações de que seria um produto menor, destinado a classe C. Ledo engano. As duas funcionárias do Djalma Noivas agradaram a todos e bateram recordes de audiência em um horário que vinha sendo castigado pelo desempenho pífio, em todos os sentidos, do Casseta e Planeta Urgente!
                       
Mulheres De Areia: a segunda reprise da novela de Ivani Ribeiro, com direito a abertura modificada, segurou a audiência do Vale a Pena Ver de Novo e nos propiciou conferir novamente os trabalhos de Glória Pires (Ruth e Raquel) e Marcos Frota (Tonho da Lua). Excelente oportunidade também para revermos desempenhos grandiosos de atores já falecidos, como Raul Cortez, Adriano Reys e Carlos Zara, e de outros sumidos da telinha, como Eloísa Mafalda.

Zorra Total: o quadro Metrô Zorra Brasil trouxe vigor ao humorístico, sempre recriminado por suas piadas fáceis e personagens caricatos. Valéria (Rodrigo Sant’Anna) e Janete (Thalita Carauta) caíram na boca do povo e popularizaram o bordão “Ai, como eu tô bandida!”.

Amor Em 4 Atos: exibida logo no início do ano, a série inspirada em obras de Chico Buarque, foi escrita e dirigida, em cada episódio, por um autor e um diretor diferente. Destaque para os dois últimos episódios, Folhetim e Vitrines, estrelados por Alinne Moraes e Vladimir Brichta.

Furo MTV: o humor de Dani Calabresa e Bento Ribeiro fez do programa a melhor atração da MTV no último ano. Os comentários politicamente incorretos sobre assuntos comumente levados a sério fizeram rir e também pensar.

Chaves: embora esteja no ar desde os anos 80, Chaves ganhou novo fôlego, com a exibição de episódios recuperados pelo SBT, que o público julgava como perdidos.

TV Out


Jornalismo da Record: os profissionais do jornalismo da emissora estiveram sujeitos aos desmandos da Igreja Universal, e acabaram por produzir matérias tendenciosas, como uma exibida no Domingo Espetacular, que condenava a prática de uma determinada religião, que cresce em todo o país, a ponto de ameaçar o império de Edir Macedo.

Batendo Ponto: a série de humor comandada por Ingrid Guimarães, mesmo não tendo a menor graça, conseguiu ir além do piloto, exibido no final de 2010, graças à boa audiência conquistada na ocasião. Entretanto, a produção não teve fôlego para manter bons índices no domingo à noite e sucumbiu a concorrência.

Lara Com Z: a spin-off da minissérie Cinquentinha, centrado na personagem Lara Romero (Suzana Vieira), prometia. Mas não cumpriu. Um texto sem graça, aliado a uma direção capenga e uma constante confusão entre a personalidade da personagem, semelhante a da atriz em questão, afastaram o telespectador.

Malhação Conectados: aposta da Globo para a recuperação da audiência do horário, a Malhação sobrenatural, escrita por Ingrid Zavarezzi, assustou o telespectador, derrubando ainda mais os índices. Em pouco tempo, o sobrenatural sumiu, mas a audiência continuou a mesma.

Pânico Na TV: da invasão do funeral de Amy Winehouse a perseguição ao apresentador Zeca Camargo, a equipe do Pânico, este ano, não faz nada senão extrapolar os limites do bom senso, na tentativa de recuperar a audiência perdida ao longo dos últimos anos.

Glee: sucesso de público e crítica, Glee acabou negligenciada pela Globo, que reservou a ela o ingrato horário das manhãs de sábado.

Tardes da Record: constantes mudanças na grade vespertina e atrações frágeis, como o E Aí Doutor? e Marcas da Vida, afugentaram o telespectador.


***

 

4 comentários:

Anônimo disse...

A Globo tratou Glee como se fosse infantil, mas não é. A série aborda temas interessantes que simplesmente passaram sem a profundidade necessária devido aos cortes de muitos episódios. Pena.

Fernando disse...

Simples e direta essa retropectiva. Parabéns!

Rodrigo disse...

Não consigo achar graça na novela "Aquele Beijo". Me dá sempre a sensação de que falta algum tempero na história. A novela não consegue empolgar tanto quanto as antecessoras "Ti-ti-ti" e "Morde & Assopra", apesar de ter núcleos cômicos e personagens teoricamente populares, já que na prática não têm a menor repercussão nas ruas.
Miguel Falabella, definitivamente, não me convence como novelista. Ele não sabe construir bons ganchos, não sabe criar personagens carismáticos e não sabe nem quem é o protagonista de sua história, já que Herson Capri passou de ator convidado a protagonista de uma semana pra outra na abertura.
O negócio do Falabella é o teatro e as sitcoms mesmo. É lá que seu texto funciona de verdade.

MOVA disse...

Olá! Gostei do seu blog é original e possui um título criativo! Achei interessante o fato da novela Aquele Beijo receber algumas críticas de blogueiros e vc conseguiu, graças ao bem construido núcleo de humor da trama de Falabella, ver como uma qualidade para coloca-lá entre os destaques de 2011.
Sobre o Chaves, por mais vezes que seus episódios já tenham sido exibidos o seriado nunca perde a graça. Chaves já é patrimonio cultural!
Abraços,
Luana
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