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ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

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sexta-feira, 27 de abril de 2012



 
R I C A R D O 

L I N H A R E S




 
Depois de nos prestigiar com uma ótima entrevista no ano passado, na ocasião em que escrevia Insensato Coração, Ricardo Linhares, sempre gentilíssimo, volta ao “Agora”. Dessa vez, o autor nos conta sobre seu trabalho de supervisão de texto na novela Cheias de Charme, escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Confiram o bate-papo.



por Guilherme Staush


1.  Por que você foi escolhido para supervisionar o texto de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira?

Filipe e Izabel foram meus colaboradores em diversas novelas. São telentosos, criativos, inteligentes, inquietos. É curioso que eu já havia falado para eles, separadamente, em diversas ocasiões, para escrever a primeira novela em dupla. E fiquei muito feliz quando pintou essa parceria.




2. O que mais te chamou atenção quando você leu a sinopse de Cheias de Charme?

Eles me convidaram para supervisionar Marias do Lar, título provisório, quando eu estava na reta final de Insensato Coração. Eu estava exausto. Quando li a sinopse, me encantei com a história e topei emendar os trabalhos, abrindo mão das minhas férias. A bem da verdade, tive um final de semana de descanso. Diversas coisas me chamaram a atenção, desde o início. A temática da novela, girando em torno de 3 domésticas que se tornam cantoras. A mistura bem equilibrada de comédia, música e melodrama. O universo da música popular, o mix de estilos. O carinho com que foi desenvolvido o perfil de cada personagem demonstra o olhar afetuoso que eles têm por seus filhotes. E a maneira original com que eles se propuseram a desenvolver a trama. Já houve novelas com domésticas, já houve novelas com cantores, mas a forma de desenrolar este novelo é única, graças ao olhar e à sensibilidade dos autores. Como me disse hoje a Gegê, arrumadeira aqui da minha casa: “essa novela é diferente!”. Ela adora as músicas! E eu toda hora me pego cantarolando: “ex my love”...


Taís Araújo, Leandra Leal e Isabelle Drumond: domésticas cheias de charme.


3.  De que forma você faz seu trabalho de supervisão e quais as sugestões que você fez na trama da novela que podem ser mais perceptíveis ao telespectador?

A maneira de contar a história é do Filipe e da Izabel. Eu participo de todo o processo: reuniões de trama, escaletas e capítulos, faço observações, sugiro mudanças, tiro dúvidas, dou palpites, que eles podem seguir ou não. Em todas as questões, a palavra final é deles. Como eu gosto de trabalhar em dupla, encaro a supervisão como uma parceria. Do meu ponto de vista, supervisor é cúmplice. E deve ser invisível. Nenhuma sugestão minha deve ser perceptível ao espectador justamente porque o tom da trama é dos autores. Eles são experientes, criativos, sempre tiveram em mente a forma de contar a história e estão seguindo rigorosamente a sinopse que escreveram, passo a passo.



4.  Como você reagiu a essa proposta diferente dos autores, de levarem ao ar uma trama mais “musical”? O que você destacaria na novela depois de ver os capítulos que já foram exibidos?
 
Achei ótimo, de cara. Tem um quê de Feijão Maravilha, que eu adorava quando era jovem, mas desenvolvido dentro do estilo dos autores. Não se pode dizer que seja um musical, é uma novela com números de música inseridos dentro da trama. Nada é gratuito ou excessivo. Há muito tempo eu não via uma trama tão contemporânea, contada de modo leve, divertido, popular, romântico e afetuoso. Eu a defino como uma novela pop.

Chayene (Cláudia Abreu) e Fabian (Ricardo Tozzi)
durante número musical na novela.


5.  Da mesma forma que Filipe e Izabel, você também já foi supervisionado (por Aguinaldo Silva) quando escreveu Meu Bem Querer. Qual é a tarefa mais difícil para um supervisor e quais os maiores cuidados que você procura ter ao realizar esse trabalho?

Tanto no caso do Aguinaldo, quanto nesta novela, o fato de nós termos muitos anos de trabalho em comum facilita o processo. A gente já se conhece bem, um sabe o que o outro está falando, como o outro pensa. Tem intimidade e respeito. O supervisor não deve impor nada. Deve ouvir e ajudar os autores a trilhar o próprio caminho. O tom e o estilo são totalmente do Fil e da Bel. O mérito do sucesso que a novela está fazendo é da dulpa, com a cumplicidade e o talento dos diretores e do excelente elenco.


Filipe Miguez e Izabel de Oliveira: os autotres de Cheias de Charme.


LEIA TAMBÉM: A entrevista com Filipe Miguez e Izabel de Oliveira feita no ano passado, aqui no blog.



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5 comentários:

Anônimo disse...

A novela e ótima,os autores muito criativos,o elenco afinado(em todos sentidos)direção segura,luz,figurino,ótimos,ajudam a contar a história,enfim,sou fã da novela,beijos e Parabens,e a entrevista ótima!

Rafael Barbosa dos Santos disse...

Excelente, a novela é uma maravilha, fico feliz pelos autores, e é bom saber que tem gente boa vindo por ai, para nos presentear com boas novelas. espero que o sucesso continue, e agente possa continuar tendo prazer em assistir cheias de charme e cantar "es my love.

http://brincdeescrever.blogspot.com

Anônimo disse...

Como não amar esse blog? Adorei a entrevista com o Linhares! Eu queria que ele escrevesse uma novela solo as 21h, tem condições e talento.
Lucas - www.cascudeando.zip.net

Magui disse...

Estou amando a novela, diferente e divertida, é isso que a TV precisa, morte, assaltos isso acompanhamos em reportagens, então agora o papel das novelas é mostrar calor humano, alegria, paixão, muito amor mesmo, e as coisas ruins ficam fora.

André San disse...

Legal a entrevista! Estou gostando muito de Cheias de Charme. É como o Linhares disse: trata-se de uma história conhecida, porém contada de uma maneira original. É diferente e muito gostosa de se acompanhar. Abraço!
André San - www.tele-visao.zip.net