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ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

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sábado, 12 de março de 2011














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Ainda resta esperança no BBB da Apatia.
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por Daniel Pepe
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O BBB10 foi o chamado “BBB da diversidade”, pois pela primeira vez no programa havia três participantes assumidamente gays, os chamados “coloridos”. No entanto, essa diversidade não ficou marcada apenas por conta da orientação sexual dos seus participantes, mas também, e, sobretudo, pelas personalidades antagônicas dos mesmos, que geraram embates memoráveis que eram a mola propulsora para cada semana termos uma nova história. Talvez tenha sido o BBB que mais se aproximou de um roteiro pronto. Ficou parecendo que os participantes foram escolhidos a dedo, onde cada um teria características que fatalmente bateriam de frente com as de outros participantes fazendo com isso surgir novos conflitos dentro da casa.
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O mesmo não ocorre na versão atual. Logo na primeira semana foi notada uma apatia em relação aos jogadores. Faltava envolvimento, entrega no jogo. Muitos disseram que a primeira eliminação, a de Ariadna, teria sido em grande parte pelo preconceito dela ser transexual. Não acho que isso tenha contribuído de forma decisiva, mas sim que ela não se mostrou simpática o suficiente para merecer continuar na disputa pelo prêmio.
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Diante dessa apatia, que continuou nos dias seguintes, parte do público passou a clamar pela sua volta. O diretor do programa, Boninho, num reconhecimento implícito de que a seleção dos candidatos, bem como o andamento do programa, não estavam agradando, usou de duas estratégias para tentar alavancar a audiência capenga. A primeira foi eliminar um casal de uma só vez, para outro entrar no lugar. A segunda foi um relançamento da casa de vidro, que já havia ocorrido no BBB9, dessa vez com os candidatos já eliminados durante essa edição disputando a volta ao programa. Portanto, ali estava também Ariadna, entrando na disputa por uma nova chance dentro da casa.

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Não deixam de ser louváveis essas artimanhas para movimentar o programa, mas parece que elas não surtiram o efeito esperado. A parte feminina do casal eliminado, Michelly, já havia demonstrado que poderia conduzir alguns bons conflitos dentro da casa. Saiu ela, mas permaneceram outras mulheres que mais pareciam estar ali passando temporada. O mesmo ocorreu com o escolhido pelo público para voltar ao jogo, Maurício. Se alguns pensavam que sua volta poderia causar algum constrangimento, por conta de seu affair, Maria, ter tido um mínimo envolvimento com o novato Wesley, logo nos primeiros dias isso não foi confirmado. Houve, de cara, um desentendimento com Maria, mas o tão esperado triângulo amoroso de novela não aconteceu. A outra novata, Adriana, deu uma leve movimentada no jogo, mas em poucas semanas foi eliminada.

.A volta de Mau Mau serviu para mostrar como uma pessoa pode mudar tanto de uma situação para outra. Nas primeiras duas semanas, ele se mostrou sempre legal, calmo, nada agressivo. Com a segunda chance, voltou com a bola cheia, com certa agressividade, deixando claro que não iria poupar opositores e que os derrubaria tão logo tivesse oportunidade. Fez de seus princípios verdades absolutas, o verdadeiro “bem” para o qual o Brasil inteiro deveria estar torcendo. Com a saída de Diogo, seu querido parceiro com quem gostaria de chegar à final, ele percebeu que as coisas poderiam não ser bem assim, e as garras foram colocadas um pouco pra dentro. Restaram-lhe os companheiros Rodrigão e Wesley, aquele que deveria ter sido seu opositor no amor. Tudo indica que sairá no seu primeiro paredão depois da volta.
.Depois de passadas as primeiras semanas, com a apatia deixada um pouco de lado, houve um desponte do time feminino. Talula demonstrou ser uma estrategista, convencendo algumas companheiras a se unirem, originando o grupo das Pretinhas, formado por ela, Maria e Jaqueline. Natália se mostrou correta, ética e coerente dentro da casa. E Diana sempre com personalidade forte, embora muitas vezes deixasse que pequenos detalhes gerassem alguma antipatia do público e dos adversários por ela. Mas, no decorrer das semanas, as Pretinhas se enfraqueceram, por Talula ter se aproximado mais de Diana, e Jaqueline, de Maurício. A saída de Talula confirmou definitivamente o fim do grupo.
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A menos de um mês do término, o jogo adquire um maior dinamismo, com dois paredões por semana. As mudanças já têm ocorrido rapidamente, de modo que em alguns casos é difícil saber quem está do lado de quem. Maurício, Rodrigão e Jaqueline seguem juntos. Daniel e Diana também. Wesley, nem de um, nem de outro lado, estando mais “sendo jogado” do que propriamente jogando, como bem definiu Pedro Bial. Paulinha e Maria titubeiam desde o princípio. A definição das duas por um dos lados pode ser decisiva para os rumos do jogo daqui pra frente.
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Até o momento, Daniel tem agradado bastante, muito por ter feito de Diogo seu alvo em várias votações. Mas justamente quando foi líder, hesitou e quase não mandou o gago para a berlinda. Sua falta de visão no jogo também foi notória quando um voto mal dado acabou lhe rendendo o primeiro paredão. Ele mais tem chamado a atenção e com isso conquistado a simpatia do público, por conta de seus porres e sensualizações com o coqueiro.
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Diante disso tudo é difícil eleger um favorito. Portanto, os acontecimentos e as atitudes dos jogadores nas próximas semanas poderão nos mostrar se existe de fato algum participante merecedor do prêmio, sem considerar somente beleza, bom caráter ou talento para fazer os outros rirem. Além disso, estratégia e visão de jogo são fatores que podem levar pra final e conquistar a simpatia daqueles que gostam de coerência, evitando que pára-quedistas ganhem o jogo. Mas, com Natália e Talula eliminadas, dá pra ter uma ideia que o público não leva muito em conta esses requisitos.
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8 comentários:

Fábio Leonardo disse...

É notório que sou fã de reality shows, e que o BBB é a minha cereja do bolo. Mas, realmente, a 11ª edição tem exigido um esforço meu pra assisti-la, coisa que nunca tinha acontecido.

Acho que o grande problema da edição não foi o fato de não criar vilões ou participantes polêmicos, e sim o fato de não criar favoritos. O personagem carismático faz, sim, toda a diferença e, muitas vezes, pode tornar uma edição melhor do que ela seria, carregando-a nas costas. Por exemplo: o BBB5 teve quatro desses participantes, dando-lhe o posto de uma das melhores de todas. Tínhamos Jean, Grazi, Pink e Sammy, disputando a simpatia do público e, ao mesmo tempo, unidos no jogo.

O saldo mais positivo do BBB11, NMO, é um sinal amarelo pra direção que, espero eu, fará escolhas melhores ano que vem.

Walter de Azevedo disse...

Sem dúvida, esse não é das melhores edições, longe disso, mas acompanho bastante.
Vendo o programa, percebo que existem dois jogos acontecendo. Um dentro da casa, com alguns colocados como fortes e favoritos, e outro aqui fora, com esses mesmos favoritos sofrendo rejeição.
Na casa do BBB, o grupo arma estratégias levando em conta o que acreditam estar acontecendo, tentando agradar ao público, sem nem imaginar que fazem exatamente o contrário. Nesse momento, Diana e Daniel são os que remam contra a maré. Talula começou a perceber isso, mas foi eliminada antes de acordar completamente.
Confesso que gosto dessa edição mais light, diferente da anterior, cheia de polêmicas e conflitos, principalmente entre o público.
A graça do BBB é essa. Nunca é o mesmo, nunca tem o mesmo ritmo, refletindo o leque de personalidades que existem. Cada grupo é de um jeito, cada história segue um rumo. Uma nova novela depois da outra.

O Vitor viu... disse...

Nunca me interessei por BBB. O formato é interessante, mas os participantes, não. No dia em que tiverem pessoas mais interessantes do que eu, paro de viver para assistir ao programa...rs!

Mauro Barcellos disse...

Acho que é a edição mais óbvia de todas. Daniel, Diana e Rodrigão vão pra final. Nao teve nenhum acontecimento marcante. Tudo morno. O programa precisa de uma boa revigorada em 2012!

Eddy Fernandes disse...

Até gosto do reality.

Mas nem preciso assistir pra saber o que está acontecendo. Twitter, as notinhas que pipocam nos jornais.

A gente acaba envolvido nisso, mesmo sem querer.

José Marques Neto disse...

Maior faturamento da Globo no início de cada ano, este BBB 11 peca pela pouco inspirada escolha dos participantes.

Falta nesse BBB personagens polêmicos para serem amados/odiados como foram Dhomini, Dourado, Diego Alemão ou Doutor Gê.

A edição da Globo está 'rebolando' para exibir um programa atrativo pro grande público e bem diferente do modorrento dia-a-dia pelo PPV.

Marcelo Ramos disse...

Eu vi o primeiro Big Brother no verão de 2002 e acompanhei fielmente. Foi o Kleber ‘Bambam’ que ganhou, um cara com pinta de galã de TV. Já nessa época eu tinha contatos com pessoas das áreas de Comunicação e Psicologia e o nome “Big Brother” me intrigava demais. Eu procurava, no meu ato de apreciar o programa por características que justificariam esse nome “Big Brother”.

Para os poucos que não sabem, o nome Big Brother foi pescado num livro do inglês escritor inglês George Orwell. O Grande Irmão é um vilão que já faz parte do imaginário terrorístico do inconsciente coletivo. Segundo a revista “Wizard” o Big Brother foi eleito o vilão número 75 na escala dos vilões de todos os tempos. E qual era a principal arma desse vilão, que lavava cérebros e fazia programações mentais subliminares? Era vigilância, meus caros. O segredo deste programa está explícito nos olhos abulantes e robóticos que saltam pela tela na nossa frente. Também na frase do Pedro Bial: “Vamos dar uma espiadinha?” A vigilância que o Grande Irmão exercia no livro futurístico de George Orwell agora é atualizada nesse programa. O sociólogo inglês Jeremy Benthan, no séc. XIX já estudava essa forma de controle coletivo com o sei “panopticon”, que resultou nos presídios e manicômios psiquiátricos. No quadrado central dos corredores, uma torre escura os vigiava 24h ao dia.

Eu já acompanhei o Big Brother 10 online com o Daniel e sei os critérios que ele usa para julgar os jogadores. São diferentes dos meus. Daniel acha que o jgo está parado porque curte atividades lúdicas que enlvolvem a mente.

De minha parte, como esteta decadentista assumido, adoro ver as beldades se exibindo, seduzindo, provocando, excitando. Torço para os mais belos, a beleza á autorária mesmo e ela se afirma por só, sem necessidade de maiores explicações. São Paulo Apóstolo daria com o cajado na minha cabeça mas, para mim, o grane barato do programa é a explicitação dos corpos.
Torço para que o jovem aspirante a modelo Rodrigão consiga voltar de todos os paredões que o colocam. Da mesma forma como Kleber BamBam e Cadu Parga, Rodrigão é um galã totalmente do bem. A casa toda hora põe o rapaz no paredão, por acharem um jogador forte um tímido rapaz belo que não tem vergonha de nos presentar com sua beleza. A sociedade cristã tem pavor da beleza, que era cultuada ao extremo pelos gregos. O judeu-cristianismo castiga a beleza, recrimina, julga, condena. A sinagoga dos judeus tem os olhos vendados. Imagens de espécie alguma pode entrar ali.
Viva Rodrigão e ganha esse milhão e meio pra abrir a sua agência de modelos, de preferência com sede no aqui Rio!

edu disse...

pra mim é o mais penoso mesmo de assistir...lembro que no ano passado, eu ainda ria, nem que fosse de chorar da Lia com a Maroca. Esse 11 com 6 integrantes parece que já terminou. Simbolicamente o calado Rodrigão é o favorito....deve ser por causa daquelas vozes horrorosas que havia no início Cris, Gago, Maria, Ari.