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quinta-feira, 31 de março de 2011




“Uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer do planeta”
Por Daniel Pepe



Por pouco a edição do BBB que terminou nesta terça não culminou numa guerra dos sexos. A partir da segunda ou terceira semana, as mulheres mostraram que estavam unidas e que não iriam poupar os oponentes do outro gênero. Foi em um paredão formado por dois homens que os machos acordaram e decidiram partir pra ofensiva também. Mas a ideologia foi logo derrotada pelas afinidades entre grupos que tinham participantes do mesmo sexo. Se vingasse a separação sexista, provavelmente as mulheres levariam a melhor, já que tiveram entre elas as melhores cabeças, as melhores estrategistas.

Mas no final das contas elas terminaram por cima. Mesmo que a tão sonhada final feminina não tenha se concretizado, foi uma mulher que ganhou. E o que importa é o resultado final, para o que o resto acaba sendo coadjuvante, história paralela. Não foi uma das mais inteligentes, nem com a melhor visão de jogo que venceu. Mas foi a mais transparente, a mais carismática. A que não teve medo de errar, de dar cabeçadas nem de pagar mico.

Se faltou carisma pras estrategistas, faltou estratégia pra carismática. Já está mais do que provado que nos países desenvolvidos existe a valorização dos que jogam bem. Aqui sempre se deu melhor o mais afetuoso e, se foi um jogador racional, foi apenas detalhe. Dessa vez não foi diferente e o carisma mais uma vez prevaleceu.
Mais do que uma transexual e um gay politicamente incorreto, que o BBB 11 seja lembrado por seu vencedor ter fugido do estereótipo homem branco heterossexual ou mulher pobre e desprovida de atrativos físicos. Ou pelo homossexual politicamente correto. Maria abre o precedente de que mulher bonita e gostosa pode ganhar, mesmo recebendo propostas de posar nua.

O final de mais uma edição é sempre momento para refletir o futuro do programa. Todo ano nos é apresentado algum diferencial, alguma novidade. Mas isso nem sempre acaba surtindo o efeito esperado, em alguns casos até culminando em injustiças. Desde a edição 9, um participante teve a chance de ganhar uma casa própria. Fatalmente isso dá a chance pra alguém que não chegue à final, ganhar um prêmio maior do que o do segundo colocado, como foi o caso agora de Paula (sexto lugar) que levou um apartamento, entre outros prêmios.

Mesmo assim, depois de onze edições não tem como negar o desgaste da fórmula. A rotina semanal recheada de provas requentadas deu ao programa a pior audiência da história. E a pior repercussão também, tanto nas ruas, quanto em fóruns na internet. A apatia dos jogadores, como já citei em outro texto, contribuiu para deflagrar esse desgaste. Se o jogo pegou, foi depois de várias semanas. No entanto, o que ainda pode manter o programa na grade da emissora por alguns bons anos é o retorno em merchandising.

3 comentários:

Eddy Fernandes disse...

Não assisti a final. Fiquei sabendo da vitória da Maria hoje de manhã, pelo UOL.

De verdade? Fiquei satisfeito. Torcia por ela. Mas acompanhei a trajetória de longe, poucas vezes assistindo o programa. O Twitter se encarregou de me manter informado.

Walter de Azevedo disse...

Gostei desse BBB. Achei um dos mais tranquilos de assistir. Sem guerras de torcidas, nem insultos via internet. Apenas um programa de entretenimento, como deve ser.

Fábio Leonardo disse...

Apesar de não ser a minha favorita no programa, votei e gostei da vitória de Maria. Aliás, como não tinha graandes favoritos, Maria me foi de ótimo grado.

Era burra como uma porta, cheia de defeitos, mas era mulher, bonita e gostosa, e queria que uma dessas vencesse. E que vençam outras!